“Coaching do amor” é uma ode ao amor do ponto de vista feminino. Websérie foi criada e desenvolvida durante a pandemia com a proposta de discutir as loucuras de amor feita pelas mulheres. Projeto foi premiado recentemente no Rio Webfest como melhor roteiro de comédia

Sua inspiração para o roteiro surgiu de histórias que ela ouviu e viveu e de “loucuras de amor” que multas mulheres fazem, e nas quais ela também se encaixava. Nascia assim, o argumento de “Coaching do Amor”, o seu primeiro trabalho como roteirista. A websérie foi recentemente premiada no Rio Webfest (festival brasileiro de webséries), no Rio de Janeiro, antes mesmo de ter sido lançada oficialmente . O roteiro foi escrito em 2021, durante a pandemia. Foi ali que a atriz e roteirista Fernanda Sanches viu a brecha para criar algo autoral. Ela relata que tudo foi feito de forma independente e as coisas foram fluindo naturalmente, como o aparecimento de muitas pessoas interessadas no projeto e quando ela se deu conta já estava com 30 profissionais envolvidos na produção da série. Por protocolos de segurança muitas cenas tiveram que ser gravadas com equipe reduzida, e outras captadas dos próprios celulares das atrizes ( o que facilitou é que a maioria das cenas eram compostas de vídeos-depoimentos). Além das gravações, boa parte da produção, pré e pós-produção, também foi feita de forma online. “Coaching do Amor” foi um filho gerado na pandemia, justamente num dos piores momentos da humanidade, no qual Fernanda encontrou inspiração no meio do caos para criar arte. “Acho que a mensagem da série é gerar identificação, humor, e também emocionar. É uma série pra quem acredita no amor, como eu, para falar de romance, de histórias de amor e ao mesmo tempo poder rir um pouco de tudo isso”. A série está dividida em três planos: os vídeos do processo de coaching de Bárbara com suas clientes dando dicas de relacionamentos para elas aplicarem em suas vidas pessoais, o cotidiano da protagonista que está em decadência com a crise em seu próprio relacionamento, e as cenas das coachees, ou clientes, que através de vídeos depoimentos contam suas experiências com o processo de coaching.
A história foi criada na pandemia, mas há quanto tempo ela já estava em sua cabeça?
FERNANDA: Eu tinha esse argumento de “Coaching do Amor” há mais de cinco anos. Primeiro, ele surgiu das histórias dessas mulheres que me inspiraram, e o meu desafio enquanto escritora foi descobrir como essas aventuras se entrelaçariam até chegar à minha protagonista: Bárbara Avelar. Foi então, que eu percebi que essa protagonista podia ser uma coach de relacionamentos e que esse seria um elo perfeito com as outras personagens. A ideia era que elas não fossem amigas, mas clientes da Bárbara. Isso dava mais “pano pra manga” para as trapalhadas que a protagonista vive no decorrer da trama, bem no estilo “faça o que falo, não faça o que faço.” E aí esse elo deu o tom de tudo especialmente na forma como esses conselhos de amor seriam passados. Foi uma época também que estava muito forte esse boom dos coachs e eu achei interessante abordar esse universo, ou seja, essa busca por essas facilidades que as pessoas querem para resolver os seus problemas amorosos, ou qualquer outro conflito que tenham na vida.
As cenas da protagonista Bárbara Avelar, seja na casa dela, assim como nas cenas dela atuando como coach foram gravadas em locações emprestadas com uma equipe super reduzida de quatro pessoas, incluindo eu, que estava atuando. Os equipamentos também foram emprestados de nosso diretor de fotografia, e as outras personagens coadjuvantes usaram suas próprias casas como locações de suas cenas. Boa parte da equipe eu conheci no grupo “Mulheres do audiovisual” (Facebook), pois um dos meus maiores intuitos era que tivéssemos a maior parte da equipe e elenco composta por mulheres. Em relação a recursos para a série, eu investi dinheiro pessoal para cobrir os custos, assim como nosso coprodutor Noel Rouco. E foi uma produção realmente independente, sem patrocínio, onde cada profissional investiu seu trabalho nessa obra. Os custos que tivemos foram baixos. A maior parceria de investimentos que eu tive foi da própria equipe e elenco que apostaram seus talentos neste trabalho comigo.
Como foi a escolha do elenco ?
FERNANDA: O elenco fui eu mesma quem escolheu. A maior parte é composto de pessoas que eu conheço e que eu já admirava. A gente chegou a fazer testes para as personagens, mas num sentido de entender se realmente cabia aquela atriz ou ator para aquele papel. As gravações aconteceram entre julho de 2021 a novembro de 2021. Foram esporádicas de acordo com as necessidades de cada personagem. A maior parte da série foi gravada em São Paulo e a gente também teve personagem do Rio de Janeiro participando que gravou lá da casa dela. A gente também teve uma locação que foi feita em um haras no interior aqui de São Paulo que está lá nos últimos episódios da série, e que pudemos gravar justamente por conta da chegada das vacinas. As cenas principais da protagonista nós tivemos duas semanas para gravar na locação principal porque foi o tempo do empréstimo da casa. Foi tudo bem corrido, uma loucura. Com as outras atrizes, a gente teve vários ensaios, teste de figurino e de locação, tudo remoto, e a gravação foi de até duas diárias para cada personagem. Eu queria falar do ótimo trabalho da pós-produção que fizemos, que está muito caprichado, e tenho muito orgulho dessa equipe, tanto da montagem como da mixagem, finalização, motions, nossa trilha sonora original que tá linda. Então, a gente realmente caprichou o máximo que a gente podia em todas as etapas. Eu sou muito orgulhosa desse time que eu formei para este trabalho, pessoas que nunca tinham trabalhado juntas e que conseguiram fazer uma obra muito coesa.
Como foi o seu despertar artístico e como surgiu o seu interesse pela escrita?
FERNANDA: Quando eu era criança eu não pensava em ser escritora. Eu sempre desejei ser atriz mesmo. Mas eu sempre li muito, amei livros e tive uma relação muito forte com a literatura, com filmes, novelas, e com as histórias que eu queria viver ou atuar. Então, eu sempre tive uma imaginação muito fértil e ficava me imaginando em histórias. Acho que esse foi o prenúncio de meu lado roteirista que hoje observo que pode ter surgido na infância, mas não passava pela minha cabeça ser roteirista. Isso foi uma descoberta que foi acontecendo na minha carreira exatamente por eu perceber que tinha essa facilidade em colocar em palavras, em diálogos ou em imagens muitas histórias interessantes que eu achava que poderiam ficar legais como filmes ou como peças ou até como livros mesmo. Eu acredito que o que mais me ajudou a me tornar uma roteirista foi ter lido muitas peças de teatro. Eu sou atriz desde os 13 anos de idade e na escola onde me formei, Fundação das Artes de São Caetano do Sul, fui muito incentivada a ler muitas obras de diversos dramaturgos, de diferentes épocas. E como atriz atuei também em muitas peças interessantes, obras clássicas, de grandes autores, tive muito contato com tragédia grega, por exemplo. Eu tenho certeza que esse conhecimento, esse hábito de ler peças de teatro torna um roteirista muito bom para construção de personagens e para construção de diálogos. O próprio trabalho do ator de construção de personagem, a forma como a gente conduz esse trabalho, facilita bastante quando a gente coloca esse mesmo processo na construção de um personagem em um roteiro. Esses dois hábitos na minha vida e carreira acredito que foram muito importantes para eu ter me tornado uma roteirista.
O por quê de uma websérie? Você acredita que o fortalecimento do streaming favorece a criação de projetos independentes?
FERNANDA: Quando eu criei o argumento desse roteiro, eu pensei nele como série mesmo e não como websérie, Inclusive, dei uma pesquisada de como ela poderia ser produzida e principalmente como que eu poderia fazer parte disso com a autonomia que gostaria de ter, pois meu interesse também era atuar, e não só escrever. E nessas pesquisas eu descobri esse mercado das webséries, pois vi nesse formato de produção independente uma oportunidade de ter essa autonomia. Ser a protagonista da minha série era a coisa mais importante; e em segundo lugar, poder ter essa autonomia no processo, e mesmo com menos recursos, fazer as escolhas que eu gostaria de fazer na condução dessa obra. Quando eu comecei a estudar roteiro, eu também fiz cursos de roteiro para websérie e descobri algumas vantagens nesse tipo de formato que facilitam a produção independente, como o tempo de duração, por exemplo. Em webséries, os episódios costumam ser mais curtos. Além disso, era uma oportunidade que eu tinha de saber que a websérie iria mesmo pro ar, pois desde o momento do roteiro eu já sabia que a obra chegaria ao público, pois a série estrearia em meu canal do YouTube. Eu venho do teatro, então, tudo que eu já produzi, já produzia com a certeza de que chegaríamos na estreia, e eu quis ter essa certeza aqui também. Foram esses os fatores principais que me fizeram escolher o formato websérie.
Eu acredito que a produção de webséries, tanto no sentido de democratização de público como também com os diversos festivais que existem pelo mundo fortalecem o surgimento de novos talentos em audiovisual e ajuda aos profissionais que já trabalham há tempo na área para que possam criar de uma forma mais autêntica . Esta aí o “Porta dos Fundos” como maior case de sucesso nesse sentido. Eu não sei dizer se os streamings favorecem novos talentos, pois ainda não tive uma experiência de levar um projeto meu para a plataforma, mas a percepção que eu tenho é até um pouco inversa às vezes. Acho o mercado do audiovisual bastante fechado e muito focado numa classe social mais alta, o que dificulta que profissionais com menos recursos possam mostrar seus talentos. E não sei também se nos streamings os profissionais têm toda a liberdade criativa que gostariam de ter. Agora, estamos vendo essa luta dos roteiristas de serem mais valorizados, não só aqui, como no mundo todo. Mas acredito que sim, que quanto mais produção nacional a gente tiver, seja nos streamings, no cinema, na TV, melhor. Com certeza, o aquecimento do mercado como um todo facilita termos mais público também assistindo as produções independentes.
A série se destina, especificamente, para mulheres na faixa de 35 anos. Onde você buscou inspiração para a criação destas personagens? São mulheres que você conheceu ou todas foram obras de criação?
FERNANDA: Bem, eu, como uma mulher de 41 anos, acho que a série se destina a todas as mulheres. Mas como eu tenho visto uma tendência no cinema, especialmente quando se trata de história de amor, um certo etarismo, história de amor vividas sempre por personagens abaixo de 30 anos, eu quis fazer questão de mostrar na websérie histórias com mulheres acima dessa idade. Quis mostrar que nós que temos 40, 50 ou 60 anos, ainda somos mulheres ativas, no sentido amoroso, no sentido sexual… Prá mim era importante que o elenco tivesse essa faixa etária, as histórias eu acho que podem gerar identificação de mulheres de qualquer faixa etária. A inspiração para a criação de “Coaching do Amor” eu busquei na minha própria vida – eu acho que eu vivi muitos amores, eu tive uma vida intensa nesse sentido! rs – e também em histórias de muitas amigas vivenciando as suas aventuras. Eu sempre fui uma pessoa que os outros contavam as suas histórias de amor. Sempre tive um pouco esse lugar de ser boa ouvinte, de ser meio conselheira amorosa, então, eu comecei a colecionar algumas histórias interessantes, criativas e engraçadas.
Comecei a fazer um caderninho de anotações, de diálogos engraçados, situações absurdas, e ia anotando inspirações nesse sentido. Mas tem muita coisa inventada também. É uma obra de ficção. Nós temos quatro coadjuvantes com características muito diferentes entre si, e até da própria protagonista e isso veio da minha imaginação. As séries Girls” e “Fleabag”, por exemplo são inspirações que fazem mais sentido pra mim, e que me ajudaram mais nessa busca por autenticidade ao contar essas histórias.
Além de Bárbara, a série conta ainda com a romântica Mônica (Giulia Nadruz), a ousada Vanessa (Biah Ramos), a ingênua Cláudia (Aline Carrocino) e a moderna Márcia (Andrea Dupré), que também enfrenta dificuldades em seguir suas próprias regras após uma crise começar a abalar o seu casamento com o marido (Daniel Pennisi).
Sendo um projeto que fala de mulheres e voltado às mulheres, você acredita que o público masculino também possa se identificar com a obra remetendo-a ao seu próprio círculo de amizades, ou seja, reconhecendo amigas, namoradas ou mulheres que poderiam ser aquelas personagens?
FERNANDA: Eu também tinha essa curiosidade de saber se os homens também iriam se identificar, não só como parceiros dessas mulheres que aparecem na série, mesmo porque o marido está lá também e é um personagem importante na série, mas também se eles se identificariam com as situações abordadas. E eu tenho recebido muitos feedbacks de homens que gostaram muito da série e que se visualizaram em situações parecidas, mesmo que em formatos diferentes. Então eu fiquei feliz em saber que a série não chega só ao público feminino, mas que está falando com um público muito mais amplo, tanto de gênero como de idade.
Qual a mensagem que vc procura passar com seu projeto? Como você o definiria?
FERNANDA: Coaching do amor é uma websérie sobre uma coach de relacionamento que está tendo problemas no casamento enquanto ensina suas clientes a terem sucesso em seus relacionamentos. A gente acompanha as aventuras daquelas mulheres enquanto acompanhamos o dilema da protagonista que não está sabendo usar suas próprias regras no conflito que está vivendo em seu casamento. A série é como um retrato multifacetado, de como a gente pode olhar por diversos ângulos para o mesmo tema e visualizar formas diferentes de vivenciar uma mesma situação ou de observar a forma com que o outro faz, como que o outro se relaciona, como eu me identifico com isso. Eu acho que isso também acaba por melhorar de verdade nossos relacionamentos.
Como vc vê o mercado audiovisual no Brasil atualmente? Vc acompanha TV ?
FERNANDA: Eu já fui muito noveleira, passei toda minha infância assistindo novela, mas hoje eu sou bem viciada em série. Em geral, eu assisto dramas mais realistas, mas assisti muita coisa diferente nos últimos tempos. Ao começar a escrever roteiro para série, quis entrar de cabeça nessa pesquisa e entender como é que as séries são construídas, não só séries na temática de relacionamentos amorosos, mas todo tipo de série que seja bem humana e com dramas mais realistas. Não assisto coisas muito futuristas, ou com zumbis, coisas assim, tenho preguiça, kkkk. Gosto de ver vida real, cotidiana. Eu gosto muito de uma série californiana chamada “Easy” onde cada episódio é uma história curta sobre relacionamento amoroso trazendo questões muito atuais e eu acho muito genial como tudo se constrói, tanto do ponto de vista de roteiro, como de atuação e de direção. Admiro muito “Fleabag”, pois acho que ela fez uma criação muito fantástica dessa quebra da quarta parede que acho marcante. “White Lotus” eu acho que é uma das melhores séries de comédia que eu já vi nos últimos tempos, sou apaixonada.
Tem uma série espanhola que eu acho muito divertida, se chama “Macho Alfa” que tá dentro dessa linha parecida com a minha websérie, mas voltado mais para universo masculino. Eu gosto muito de série, gosto de “Sucession”, “Ruptura”, são tantas… eu. Outras séries de outros gêneros que foram marcantes pra mim, “Black Mirror”, “The Office”, clássico, (mas o original, da Inglaterra, hein?) Acho que é um tipo de comédia que me atraiu demais. Outra coisa que eu assisti muito como referência de pesquisa para minha websérie foram os realitys de relacionamento: “Casamento às Cegas, “Casamento à indiana”, tudo que é programa de casamento de diversas culturas diferentes. Tem um que adoro que se chama “O Amor no Espectro” que são sobre “dates” de pessoas com autismo e é muito lindo, muito delicado. Bebi muito nessas fontes de realities com depoimentos, pois em geral a forma como as pessoas falam sobre os seus relacionamentos é muito diferente da forma como elas agem e eu acho isso muito divertido e tem bastante disso em Coaching do Amor.
Como roteirista, quais projetos sonha em desenvolver? TV, cinema, teatro? Tem projetos para todas estas áreas?
FERNANDA: Como atriz eu tenho vontade de fazer muita coisa e o fato de eu ter produzido essa websérie também partiu dessa vontade de atuar, de fazer coisas diferentes que eu não tinha feito ainda, que eu nunca tinha sido chamada, nem para testes. Além desse tipo de comédia, eu tenho vontade de atuar em obras históricas, de ação. Adoraria fazer uma investigadora, por exemplo, ou um trabalho que eu tivesse que ficar imersa muito tempo numa realidade diferente. Ou anda um filme na Amazônia, por exemplo, poder desbravar os diversos “brasis”. Acho que a coisa que eu mais tenho vontade de fazer como atriz é uma personagem que me faça desbravar um universo diferente do meu, de madeira muito profunda, que acho que a coisa mais legal de ser atriz. E como roteirista, eu tô descobrindo agora porque o roteiro foi uma surpresa na minha vida. Eu gostei muito de escrever, acho que tenho uma boa “mão”, especialmente com diálogos. Sou muito boa escrevendo diálogos! Acredito que ainda vou escrever muito mais coisa. De projetos, eu tenho um argumento de longa infantil escrito, inspirado um pouco na história da infância da minha família, em São Caetano do Sul. Como roteirista, eu tenho mais curiosidade de escrever um pouco nesse nicho de comédia, comédia romântica ou infantil. Acredito que pode ser uma linha que eu vá seguir. Quem sabe, né? Sou atriz há mais de 20 anos, mas como roteirista estou só começando! Então, ainda estou descobrindo esse lugar. Ser atriz e ser roteirista são formas diferentes de criar personagens, mas ambas me fascinam muito e espero desbravar cada vez mais ambos os caminhos!
Como foi essa premiação no Rio Webfest antes mesmo do lançamento ?
FERNANDA: O Rio Webfest é o maior festival de webséries do mundo. Já existe há mais de 11 anos e “Coaching do Amor” foi indicada como melhor elenco de comédia e fomos vencedores de melhor roteiro de comédia. Isso foi um sinal muito bom de que eu estava no caminho certo, que criei algo que realmente faria a diferença. Foi um dos grandes momentos da minha vida ter ganhado um prêmio de melhor roteirista, sendo que eu nem imaginava que um dia eu me tornaria uma. Foi fantástico participar porque eu cheguei a assistir as outras obras que estavam concorrendo e a competição estava acirrada. As obras eram de vários países e tinham uma qualidade muito boa. Eu acho que isso só tem a dizer quanto todo esse trabalho que a gente fez com muito capricho e dedicação valeu a pena. Foram dois anos que me dediquei totalmente a esse projeto, artisticamente falando, produzindo da melhor forma possível nas condições que a gente tinha, não deixando nada passar, e saber que meu jeitinho genioso, detalhista, dedicado, já deu frutos. Então, ter sido premiada como melhor roteiro, antes mesmo da obra vir a público, foi uma forma de validar nosso trabalho, de acreditar no meu talento, e agora com a resposta do público que também tem sido muito positiva me trouxe ainda mais orgulho desse trabalho.
O projeto da websérie estreou recentemente. Existe planos para uma segunda temporada? Como torná-lo mais conhecido entre o grande público?
FERNANDA: Sim, a websérie estreou agora em maio de 2023 e vamos lançar os oito episódios até o final de junho, um por semana. Depois a série vai ficar disponível no YouTube pra todo mundo maratonar. O próximo passo é inscrever nos festivais e rodadas de negócios. Já tenho um pré-argumento para a segunda temporada, mas quero fazer a próxima com investimento e com patrocínio. Fizemos a primeira temporada, já dá pra reconhecer o mérito de nosso trabalho. Quero fazer a segunda, a terceira temporada, transformá-la numa obra de cinema, em um filme de comédia romântica brasileiro, lotar a bilheteria. Eu tenho muitos planos para essa história, ainda dá para gente trabalhar muita coisa com essa protagonista e estou confiante com o que pode vir daqui pra frente!



One Comment
Fernanda Sanches
Foi um prazer conceder essa entrevista! Obrigada por me fazer revisitar esse processo tão precioso que foi a criação da webserie.
☺️