“13 Sentimentos” chega aos cinemas brasileiros trazendo uma comédia romântica LGBTQIA+ leve e que faz apologia ao amor e onde cada pessoa tem o direito de encontrar sua forma de amar e de ser feliz

Todo mundo tem uma história de amor para contar. Se não tem pelo menos algum dia idealizou tê-la ou ouviu alguém contar alguma que tocou o seu coração. E falar sobre emoções é o que motiva o cineasta Daniel Ribeiro a criar novas histórias com essa temática. Ele é o autor do grande sucesso de crítica e público, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, representante do Brasil ao Oscar de Melhor Filme Internacional, em 2004, que abordava o despertar sexual de dois garotos, sendo um deles com deficiência visual. E depois de dez anos, Ribeiro retorna aos cinemas com a comédia romântica “13 Sentimentos”,  inspirada no fim do seu relacionamento com o também diretor Rafael Gomes. Gravado em 2023, o projeto compõe uma trilogia sobre os sentimentos e relacionamentos, que será encerrada com “Amanda e Caio”, sobre um casal transgênero. ” O nosso filme 13 Sentimentos fala desse sentimento de esperança, de um Brasil em que a diversidade é possível, onde todos podem viver sem medo de ser quem são. Filmamos em um momento em que pessoas LGBTQIA+ estavam voltando a respirar aliviadas depois de um período sombrio, de tensão e insegurança sobre o futuro”, destaca o diretor.

O longa é uma resposta de Ribeiro ao ex-namorado Rafael Gomes, autor do longa “45 Dias Sem Você” (2018), que é o retrato ficcional dos sentimentos que Gomes vivenciou após o término da relação deles. Ribeiro explica que o próprio Rafael assina a consultoria de roteiro do seu novo filme e que eles sempre trocaram impressões sobre os textos que estavam escrevendo. “A história parte de um ponto de partida real, que foi o fim do nosso relacionamento, mas a maior parte do roteiro é ficcional. Os personagens são misturas de pessoas que conheci, e as experiências não são totalmente reais. No começo, temos a cartela “Baseado em sentimentos reais”, e acho que isso traduz muito bem o filme, já que eu tentei criá-lo baseado nos sentimentos que vivi nessa e em outras épocas da minha vida”.  

A reportagem do blog Desejo de Viver (DV) falou com exclusividade com Ribeiro e com o ator Artur Volpi- protagonista de “13 Sentimentos”, sobre a expectativa de ambos para o lançamento do filme no Brasil neste próximo dia 13 de junho de 2024. Dentre outras coisas, eles falaram sobre a importância de explorar a diversidade na dramaturgia para combater a LGBTfobia no país onde mais se matam homossexuais no mundo e de como essa abordagem pode contribuir para a diminuição da violência e do preconceito contra a população LGBTQIA+. “Sempre acreditei em usar o audiovisual para conectar o grande público com personagens e histórias que nem sempre são retratadas nas telas. Quando o cinema mostra que temos muito mais em comum do que diferenças, dá-se um passo a mais para combater a LGBTfobia “, justifica Ribeiro.  A entrevista está dividida em duas partes. Na primeira delas; temos as respostas de Ribeiro. E na sequência, as de Volpi.

Cineasta Daniel Ribeiro retorna aos cinemas depois do grande sucesso de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, desta vez, com uma comédia romântica sobre as relações

Qual o mote central de“13 Sentimentos”?

Ribeiro: O filme é protagonizado pelo João (Artur Volpi), um jovem cineasta que termina um relacionamento de 10 anos, mas que mantém uma amizade próxima com o ex-namorado. A busca por um novo amor leva João, um rapaz que prioriza laços afetivos, a conhecer Vitor (Michel Joelsas), por quem se apaixona à primeira vista. Aos poucos, o cineasta vai tentando controlar o relacionamento entre os dois, como se fosse um filme que estivesse construindo.

Como foi o processo de escrita do roteiro já que ele foi baseado em sua própria história após o término de uma relação?

Ribeiro: O roteiro de 13 Sentimentos foi escrito bem depois de todo o processo de superação da minha separação. Eu já tinha processado tudo e compreendido quais caminhos eu percorri para estar aberto para uma nova relação. Eu gosto de escrever sobre minhas experiências com um olhar mais completo de como elas aconteceram. Fazer um filme sobre minhas vivências é uma forma de compreender melhor meus sentimentos e isso foi transferido para o João, que também passa a escrever um roteiro onde ele pode transformar as partes da realidade que o desagradam, reviver cenas do passado como ele gostaria de ter vivido e reescrever os finais para serem mais felizes. Muitas pessoas aproveitam a experiência de assistir a um filme de ficção como um espelho da própria vida e, consequentemente, compreender melhor os próprios sentimentos, compartilhando-os secreta e intimamente com os personagens dos filmes. A nossa história aborda essa ideia de buscar uma fuga nas histórias ficcionais, mas também lembra que uma hora precisamos enfrentar a realidade.

13 Sentimentos“ é a resposta ao longa “45 Dias Sem Você“, escrito pelo ex-companheiro Rafael Gomes após o término da relação deles. “Eu já tinha processado tudo e compreendido quais caminhos eu percorri para estar aberto para uma nova relação. Eu gosto de escrever sobre minhas experiências com um olhar mais completo de como elas aconteceram“, explica o cineasta Daniel Ribeiro.

As redes sociais são um dos elementos importantes dentro deste mundo contemporâneo e têm relação direta com a conexão entre as pessoas. De que forma elas estão inseridas no contexto do seu filme?  

Ribeiro: Não tem como fugir de celulares, mensagens e redes sociais quando se faz um filme sobre relações humanas em 2024. Por outro lado, eu não queria que a gente ficasse vendo tela de celular nem mensagens sendo escritas na imagem. Dessa forma, tivemos que ser criativos em traduzir para o cinema as interações via celular, a exemplo de como vemos um longo diálogo entre duas pessoas que estão conversando em um aplicativo de relacionamento. A outra solução foi sempre trazer para o diálogo aquilo que os personagens estavam vendo no celular, deixando para o espectador imaginar o que os personagens estão vendo.

Foi coincidência o lançamento do filme acontecer no dia 13 de junho, um dia após o Dia dos Namorados no Brasil e no mês da Diversidade LGBTQIA+ ou foi algo que já estava planejado?

Ribeiro: Nós tínhamos planejado lançar no mês da Diversidade Gay e, para nossa sorte, era o único mês do ano que tinha uma quinta-feira (dia de lançamento dos filmes nos cinemas) no dia 13. Foi uma coincidência muito bem-vinda e parecia um sinal.

“Amanda e Caio” é o seu próximo trabalho e conta a história de um casal transgênero e faz parte de uma trilogia de filmes baseados em sentimentos e com personagens LGBTQIA+. O que mais você pode adiantar desta história?

Ribeiro: O filme conta a história de um jovem casal que acabou de se mudar para uma nova casa, onde planeja um futuro feliz junto. No entanto, entra em crise quando novas pessoas e situações surgem em suas vidas.

 “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” foi um grande sucesso a nível nacional e internacional e foi produzido em um país que há anos ostenta a triste estatística de líder mundial no assassinato da população LGBTQIA+. No entanto, um filme deste segmento foi escolhido dentre 15 longas nacionais para ser o representante brasileiro na seletiva para o Oscar de melhor filme estrangeiro. Como você analisa isso? Foi uma vitória da diversidade? E de que forma você acredita que a dramaturgia pode auxiliar no combate à LGBTfobofia?

Ribeiro: Acho que “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” contava uma história universal sobre a descoberta do primeiro amor, o que permitia que qualquer pessoa se identificasse. Sempre acreditei em usar o audiovisual para conectar o grande público com personagens e histórias que nem sempre são retratadas nas telas. Quando o cinema mostra que temos muito mais em comum do que diferenças, dá-se um passo a mais para combater a LGBTfobia.

 Falando ainda sobre o sucesso de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, você acredita que o filme contribuiu para que outros roteiristas e produtores investissem mais em histórias gays no Brasil? Ao mesmo tempo, a teledramaturgia (TV aberta) parece andar em círculos. Em algumas produções consegue exibir relações gays, beijos e sexo, porém, algumas histórias são podadas ou censuradas como aconteceu ano passado com duas produções da TV Globo. Como você vê essa questão? Acredita que a sociedade está mais aberta para receber histórias gays, como por exemplo, casais que simplesmente se amam sem ter que lutar para ter um beijo no último capítulo?

Ribeiro: Comparando as produções atuais com o que era produzido há 20 anos, por exemplo, é evidente que tivemos uma evolução. Essa exposição toda também acaba gerando uma reação inversa que, muitas vezes, faz com que tenhamos que retroceder um pouco. Mas é nesse momento que também nos energizamos para voltar a andar para a frente e produzir novas histórias e retratos da comunidade LGBTQIA+. A vida é e sempre será uma constante guerra onde ganhamos e perdemos batalhas. Eu sou um otimista e vejo que estamos ganhando muito mais batalhas do que estamos perdendo.

 Voltando para a história de “13 Sentimentos”, de que forma você acredita que o filme pode ajudar na discussão dos sentimentos? Você acha que os relacionamentos abertos- cada vez mais comuns, têm contribuído para o fim das relações estáveis e monogâmicas ou podem ajudar?

Ribeiro: Eu acho que a conversa sobre relacionamentos abertos ajuda a acabar com a hipocrisia de certas relações estáveis e monogâmicas. Apesar de o personagem principal ser um romântico, o filme não pretende fazer uma apologia da monogamia. Eu acredito que é uma história que faz apologia do amor e que cada um encontre sua forma de amar e ser feliz.

O filme tem várias cenas de sexo. Como isso foi trabalhado junto aos atores e qual a preocupação que existiu do ponto de vista dramatúrgico para que a história não fosse taxada como erótica? Existiu essa preocupação em mostrar que o sexo fazia parte do contexto e era imprescindível para contar esta história ou não?

Ribeiro: Não dá para falar muito sobre isso sem dar spoilers, mas o sexo no filme é retratado em um contexto importante, assim como a falta dele ao longo do filme. A cena de sexo foi toda ensaiada e coreografada. Os atores chegaram ao set sabendo quais eram os ângulos e posições que iríamos fazer, e isso facilitou muito a gravação.

Recentemente, tivemos a Parada Gay de SP- uma das maiores do mundo, e que cada vez mais reúne famílias heterossexuais, o que é um avanço em termos de sociedade. Você acredita que essa mesma família está aberta a ir ao cinema ver um filme gay e que fala sobre relações humanas, principalmente sobre o amor, mas com cenas de sexo gay?

Ribeiro: As cenas de sexo do filme não são muito diferentes das que vemos em outras obras audiovisuais e até mesmo nas novelas. A única diferença é que ocorrem entre dois homens. Além disso, acredito que o filme conduz o espectador de forma que a cena seja apreciada até mesmo por quem nunca viu uma cena de dois homens transando.

Trabalhar com cultura no Brasil é extremamente difícil, principalmente pela falta de apoio e de incentivos. Você mesmo levou 10 anos para voltar com um longa. Essa pausa foi necessária para a captação de verbas e construção da história ou aconteceu justamente por falta de patrocínio? Quanto tempo você levou para escrever o roteiro?  

Ribeiro: O Brasil passou por uma grande turbulência nos últimos anos, o que afetou muito a cultura e também a comunidade LGBTQIA+. Isso acabou fazendo com que o financiamento dos projetos fosse travado. Os projetos “13 Sentimentos” e “Amanda e Caio” existem desde 2016, mas só agora conseguimos tirá-los do papel.

 Qual a principal mensagem que você espera passar com “13 Sentimentos”?

Ribeiro: O filme fala essencialmente sobre idealização que fazemos o tempo todo. O protagonista do filme se agarra às lembranças do passado e à relação que teve com seu ex, ao mesmo tempo em que imagina um futuro perfeito com alguém que mal conhece. O filme também aborda a maneira como idealizamos conceitos como casamento e monogamia, além das expectativas sobre o que define um bom sexo, em contraste com um sexo apenas performático.

2 PARTE : ARTUR VOLPI

“NOSSO FILME ABORDA QUESTÕES UNIVERSAIS E ISSO É O MAIS LEGAL DE 13 SENTIMENTOS”, DIZ ARTUR VOLPI

O que você colocou do Artur para interpretar o João e que o João ensinou para o Artur?

Volpi: Não coloquei nada de mim conscientemente no João e durante o processo de construção da personagem fui identificando características que eu me via e reconhecia ali, dentre elas, a dificuldade da carreira artística no Brasil. O desafio de realizar nossos projetos autorais e conciliar com nossas responsabilidades financeiras. O João passa por isso. Ele está tentando produzir o primeiro filme dele e tem que encontrar uma saída. Eu sou formado em administração e até hoje trabalho com isso paralelamente e nisso me identifico com o João. Gosto muito da visão romântica do amor do João. Essa visão romântica idealizada, em acreditar na profundidade das relações, na verdade das conexões e resiste à superficialidade dos encontros e tenta encontrar conexões reais e essa resistência é interessante para ficar atento na vida.

O filme teve uma inspiração autobiográfica do roteirista na concepção da história. Como você definiria o filme 13 Sentimentos? No seu caso, você se identificou com o João em algum momento ou sua história de vida real foi completamente diferente da dele?

Volpi: É difícil definir o filme. Eu o definiria em muitas coisas e sem etiquetas. É uma comedia romântica, talvez uma dramédia romântica dentro do universo LGBTQIA+ e isso é inovador dentro deste segmento.  

No filme, João estava numa relação estável há 10 anos, e subitamente entra para o mundo dos aplicativos gays após o fim do namoro com Hugo. Hoje muito se fala no mundo gay que o crescimento dos aplicativos contribuiu para o fim das relações estáveis e monogâmicas. Você também acredita nisso ou acha que os aplicativos não atrapalham quem deseja ter uma relação estável?

Volpi: Tenho amigos e muitos conhecidos que se conheceram por meio de aplicativos (apps) de relacionamentos e estão juntos até hoje.  O que acontece é que os apps reduzem a existência das pessoas porque as informações ficam restritas às descrições da bio e em cinco, seis fotos do perfil. Isso pode ser um ponto de partida, mas tem que ultrapassar essa fase virtual se a pessoa tem a intenção de levar algo mais sério.  

Qual foi a sua maior preocupação em interpretar o João? Qual a mensagem que você acredita que o seu personagem pode passar numa sociedade ainda machista e líder no assassinato da população gay?

Volpi: Tinha consciência da responsabilidade do João e da importância de retratar um personagem gay em uma comédia romântica e num universo que não estamos acostumados a ver. Isso longe de tragédias e violências, retratando o cotidiano de um homem gay em SP. É uma comédia gay leve, passada numa metrópole como SP. Isso contribui para normalizar a existência de homens gays. É uma maneira de normalizar. É uma contribuição neste sentido.  

Em 13 Sentimentos há muitas cenas de sexo. Como você se preparou psicologicamente para fazê-las? A intimidade com os outros atores ajuda? Teve alguma que foi mais complicada de gravar ou todas foram iguais?

Volpi: Tivemos uma preparação bem cuidadosa graças à direção do Dani, que foi o responsável por toda preparação. Houve todo um estudo para as cenas de intimidade, nudez, masturbação e os planos. Estudamos e vimos muitos filmes para servir como referência para as cenas que iam vir. A intimidade com o Cleo ajudou. Para as cenas de sexo foram quatro horas de gravação. Tenho muito orgulho do resultado. Tem uma cena que fazemos em plano sequência que não teve corte, além de outras que tinha o desafio do texto e que eram cenas mais longas.  

Como surgiu o convite para interpretar o João e como foi a sua preparação para a personagem? De todas as cenas, qual a sua preferida e por quê?

Volpi: Recebi o convite do Dani pra fazer o personagem do Vitor.  O Dani pediu para eu ler uma cena nova de improviso nesta primeira fase e depois já me chamou para fazer o João nas outras fases. O processo de preparação foi feito a partir dos diferentes núcleos, como a dos amigos, com o Michel, e assim por diante. Não tenho uma cena preferida, mas tem uma que gosto bastante que é a reconciliação do João com a Alice em um café na rua.  É bonita porque acontece de forma natural e vem justamente da longa duração que tem de relacionamento que eles têm como amigos. Conseguimos trazer essa intimidade e conexão para o set.  

Você já tinha interpretado um personagem gay na TV, em “Segunda Chamada”, vítima de homofobia e preconceito pelo próprio pai. E essa é uma realidade em muitas famílias e que acaba levando muitos jovens ao suicídio. De que forma você acredita que interpretar novamente um gay pode ajudar na discussão do tema da diversidade?

Volpi: A narrativa do Marcelo (“Segunda Chamada”) trazia a luta, o processo dele de se assumir, a luta contra a homofobia dentro da própria família. O arco do personagem era isso.  No filme, por exemplo, o fato do João ser gay não é uma questão. Isso faz parte do contexto dele e acompanhamos outras questões.  Acho que tem espaço pros dois caminhos. Temos que falar da luta e da homofobia, dessa dificuldade de se assumir, se identificar em qualquer sigla da comunidade e não trazer isso como ponto principal da história e abrir o leque para existência de outros conflitos, problemas, amores e sonhos que estas pessoas carregam dentro delas.

Falando ainda sobre as duas personagens gays, o João e o Marcelo, eles têm algo em comum além de serem gays? Qual maior legado que ambos deixaram para o Artur?

Volpi: Essa crença no amor que eles têm. O Marcelo era extremamente apaixonado e acreditava com muita coragem no amor que sentia pelo Paulo. Era algo pós adolescência, o primeiro amor. Ele acreditava piamente naquela relação.  Já o João também acredito que ele tenha essa crença no amor, mas está procurando alguém pra criar essa conexão.  

Sendo homossexual é mais fácil interpretar um personagem gay por causa da identificação com a realidade ou você acredita que isso não interfere e que cada personagem é construído de uma forma diferente? Depois de interpretar dois personagens gays você gostaria de interpretar um personagem que não tivesse essa orientação sexual, como um homofóbico, por exemplo, ou gostaria de continuar na linha da diversidade?

Volpi: Acho que sim. A dinâmica, os diálogos.  As pessoas que participam vão ter mais facilidade. Se um heterossexual for interpretar um gay, por exemplo, ele tem uma responsabilidade de se inteirar, entender essa dinâmica que não faz parte da vida dele, principalmente para retratar isso da melhor forma possível. Eu vou adorar interpretar outros personagens gays e torço para que sejam diversos e abordem outras questões. Interpretar personagens que não são gays são muito bem-vindos. Nosso filme aborda questões universais.  Quem nunca terminou relacionamento, quem nunca teve uma dificuldade ou crise profissional?  Isso é o mais legal do filme, ou seja, falar com todas as pessoas. Sobre interpretar um personagem homofóbico contribuiria também para ajudar a trazer luz para essa realidade do nosso país. Acho importante isso ser retratado, discutido, entrar nas histórias para que as pessoas se conscientizem e lutem contra isso.

Qual a sua personagem dos sonhos?

Volpi: Sonho viver personagens muito diferentes entre si.  Vou estrear uma série da Disney em breve. Fiz participação como um personagem autista. É um universo que eu não conhecia e pesquisei muito.  Foi enriquecedor como Artur. Me ajudou a expandir meu conhecimento. Meu sonho é encontrar realidades diversas e aprender com elas.  

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Jornalista, roteirista, escritor e ator brasileiro com mais de 20 anos de experiência em comunicação.Vivo atualmente em Barcelona onde trabalho como correspondente internacional, mas já morei em outros países, como Portugal, Irlanda, EUA e Itália onde sempre estive envolvido com projetos na área de comunicação- minha grande paixão-.Como roteirista, destaco a coautoria na sinopse e no 1 capítulo da novela "O Sétimo Guardião" (TV Globo/2019), o documentário "Quem somos nós?", sobre exclusão social, e o curta-metragem "As cartas de Sofia".Como repórter, trabalhei em grandes grupos de comunicação no Brasil, como RBS, RAC e RIC. Ganhei o prêmio Yara de Comunicação (categoria impresso) em 2013 com uma reportagem sobre as diferentes famílias e histórias de vida às margens do rio Piracicaba (SP). Fui finalista do prêmio Unimed de Jornalismo/SC com uma reportagem sobre gravidez precoce.

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